A vida é relacionamento, estamos constantemente nos relacionando com alguma coisa. Mas, dentro dessa infinita esfera, o relacionamento afetivo-sexual é sem dúvida onde muitas vezes surgem as maiores dificuldades.

Mesmo que haja o sentimento do amor, ou da paixão, às vezes o relacionamento não flui como esperamos. Ou como desejamos. A melhor forma de sabermos como estamos no caminho do autoconhecimento é olhando para os nossos relacionamentos.

Às vezes estar só, se não for depois de um longo caminho de autoconhecimento, pode indicar uma fuga de si mesmo.  Ao nos relacionarmos com outra pessoa, essa sempre nos servirá de espelho. Nós enxergamos no outro o que muitas vezes não conseguimos olhar e aceitar em nós mesmos. E quanto menos nos conhecemos, maiores são as projeções que fazemos em nosso par.

Através dos relacionamentos temos a chance de amadurecer e ativar os valores humanos que possibilitam a nossa evolução. Muitas vezes nos relacionamos para que o nosso parceiro (a) supra um enorme vazio que sentimos. Dessa forma fica muito difícil uma relação dar certo. Passamos a cobrar do nosso companheiro (a) muitas coisas que não recebemos dos nossos pais. Tentamos reeditar essa dor através do relacionamento, na esperança de mudar aquela situação do passado.

Mas o que não nos damos conta, é que acabamos por repetir a mesma historia mais uma vez, e assim vamos andando em círculos, repetindo padrões de relacionamentos que acabam em fracasso. A única forma de ir além dessa repetição é olhar para essas dores do passado e limpa-las, por isso que constelar Pai e Mãe é o inicio de tudo.
As complicações também podem se originar muito mais para trás, com dificuldades entre casais dos seus antepassados. E isso contribui para as desarmonias até as gerações presentes.

Bert Hellinger criador da Constelação Familiar traz luz sobre vários aspectos que fazem parte desse universo dos relacionamentos.

• Nós somos filhos de um pai e uma mãe, e quando nos relacionamos trazemos essa bagagem dos nossos pais. É fundamental que estejamos em harmonia com a família do nosso cônjuge (a). Caso contrário, estaremos negando nosso próprio companheiro.

• “A ordem do amor entre o homem e a mulher envolve também uma renúncia, que já começa na infância. Pois o filho, para se tornar um homem, deve renunciar à primeira mulher em sua vida, que é sua mãe. E a filha, para tornar-se mulher, precisa renunciar ao primeiro homem de sua vida, o seu pai. “Bert Hellinger. Ou seja, os filhos devem renunciar a sua família de origem para construir uma nova família.

• Muitas vezes ainda estamos presos nas dinâmicas da nossa família e dessa forma, mesmo querendo, estamos indisponíveis para a nossa relação e para nosso par. Nesse caso, muitos parceiros tentam “salvar” seus companheiros, pois sentem que eles não estão presentes. Mas isso não é possível, e acaba sem querer prejudicando ainda mais a situação. Isso é sentido pelo outro como falta de respeito. A relação se enfraquece dessa forma.

• O equilíbrio entre o casal também deve ser um fator relevante, quando um assume o papel do “faço tudo” o relacionamento entra em desarmonia. Um acaba se sentindo sobrecarregado e outro se sente sem espaço para agir. É uma dinâmica que enfraquece o casal.

• O primeiro amor de cada um é muito importante, é um primeiro vínculo de amor. Se não ocorreu uma separação com respeito, ainda pode existir influencia desse primeiro relacionamento, no seu relacionamento atual e até nos filhos.

• “O reconhecimento da grandeza do ato sexual é a principal condição para que o amor dê certo” Bert Hellinger. Olhar nos olhos durante a relação, isso é a realização o amor recíproco.

• Disputa entre casais- Os homens querem uma coisa e as mulheres outras. Ás vezes, em um relacionamento se desenvolve um jogo de poder ao redor da realização do amor. Se um só quer e deseja e o outro só concede, entre se coloca em posição de superioridade, e o parceiro que deseja fica, em uma posição inferior. Essa dinâmica destrói o amor.

• Dar e aceitar- Deve existir um equilíbrio entre o dar e o aceitar. Por exemplo: Se um da um presente ao outro para demonstrar o seu amor, quem deu o presente está em posição superior, assim o outro também dá um presente ainda melhor, assim o intercambio positivo vai crescendo o ato de dar e aceitar une o casal.

• Essa mesma regra se aplica em casos negativos, por exemplo, um trata mal o outro. O que foi tratado mal se sente no direito de revidar. E ao fazer isso, o outro também vai se sentir estimulado a se vingar mais uma vez. E dessa forma cria-se um ciclo sem fim. Para quebrar isso, deve-se dar algo melhor do que recebeu. Vai diminuindo a negatividade. E assim volta a restabelecer a harmonia positiva.

A abordagem de Bert com as constelações familiares exploram dinâmicas mais profundas de um relacionamento. Traz a luz como forças despercebidas incluindo membros da família ausentes ou de gerações passadas, e como as escolhas feitas há muito temo afetam o relacionamento dos casais em diferentes níveis.

Se você deseja olhar para as dinâmicas que dificultam o amor fluir em seus relacionamentos, esse work shop pode te ajudar a dar mais um passo em direção a si mesmo e assim ficar disponível para o outro em sua vida.

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